Jesus, as primícias de Deus

Jesus, as primícias de Deus
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Você está passando pela experiência de enfrentar uma barreira intransponível na sua vida, e pedindo ajuda a Deus, e Ele parece estar demorando em responder??

E você pensou: “Jesus está atrasado”?

E se eu te dissesse que Jesus nunca chega atrasado, mas no momento certo?
E que Ele tem algo muito maior do que você imagine?
Porque os pensamentos dele não são os vossos pensamentos e os seus caminhos não são os vossos caminhos!

Então fica aqui comigo e entenda como Jesus age para a glória de Deus e com isso abençoar a sua vida.

INTRODUÇÃO – Eu Sou a Ressurreição e a Vida

Queridos irmãos e irmãs, quando enfrentamos a morte, experimentamos uma das realidades mais dolorosas da existência humana. Aquela sensação de impotência, o vazio que fica, as perguntas sem respostas. Quem de nós já não sentiu esse peso? Quem não já se perguntou: “E se Jesus estivesse aqui?”

Foi exatamente esse o sentimento de Marta e Maria quando seu irmão Lázaro faleceu. “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.” Uma frase carregada de dor, mas também de fé. E é nesse cenário de luto que Jesus faz uma das declarações mais poderosas de todo o Evangelho: “Eu sou a ressurreição e a vida.”

Hoje, vamos mergulhar neste encontro transformador entre Jesus e uma família em luto. Vamos descobrir como o aparente atraso de Jesus tinha um propósito maior: revelar a glória de Deus. Veremos como o diálogo entre Jesus e Marta não apenas consolou uma irmã enlutada, mas estabeleceu uma das doutrinas mais fundamentais da nossa fé: a ressurreição do corpo.

Este não é apenas um relato histórico de um milagre impressionante. É uma mensagem viva para cada um de nós que já sentiu o peso da morte, que já questionou os tempos de Deus, que já precisou esperar quando tudo parecia perdido.

Porque quando Jesus diz “Eu sou a ressurreição e a vida”, Ele não está apenas falando de um evento futuro – Ele está se apresentando como a própria fonte da vida, aquele que tem autoridade sobre a morte, aqui e agora.

A morte tem poder, mas Jesus tem autoridade sobre ela. E esta verdade muda tudo.

I – O Propósito de Jesus

Imagine receber a notícia de que alguém que você ama está gravemente doente. O que você faria? Correria para estar ao lado dessa pessoa, certo? Mas Jesus, ao saber que seu amigo Lázaro estava enfermo, fez algo surpreendente – Ele esperou. “Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava.”

Esta aparente demora de Jesus nos desafia profundamente. Maria e Marta enviaram um recado urgente: “Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas.” Elas tinham certeza de que Jesus viria imediatamente. Afinal, o texto nos diz claramente: “Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.” Então, por que esperar?

A resposta está no versículo 4: “Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.” Jesus tinha um propósito maior que transcendia o sofrimento imediato. Ele não estava sendo insensível – estava operando segundo o tempo perfeito de Deus.

Quando Jesus finalmente chegou a Betânia, Lázaro já estava morto há quatro dias. Para os judeus, isso era significativo – acreditava-se que o espírito permanecia perto do corpo por três dias. Ao quarto dia, a morte era considerada definitiva, irreversível. Jesus chegou precisamente quando, aos olhos humanos, não havia mais esperança.

E é exatamente aí que reside a beleza do propósito divino. Quando tudo parece perdido aos olhos humanos, é quando Deus manifesta Sua glória de maneira mais extraordinária. Jesus não estava atrasado – Ele estava perfeitamente no tempo.

Quando pensamos que Deus está ausente, Ele está preparando Seu maior milagre.

II – O Encontro de Marta com Jesus

“Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.” As palavras de Marta ecoam a dor de quem sente que Deus chegou tarde demais. Quantas vezes nós também já expressamos esse mesmo sentimento? “Deus, onde estavas quando eu mais precisei?”

Mas observe a resposta de Jesus: “Teu irmão há de ressuscitar.” Marta, conhecedora das Escrituras, responde: “Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia.” Ela estava teologicamente correta – os judeus criam na ressurreição final. Mas Jesus estava prestes a expandir sua compreensão de maneira revolucionária.

“Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.” Com estas palavras, Jesus não estava apenas prometendo um evento futuro – Ele estava se apresentando como a própria fonte da ressurreição e da vida. Não é apenas que Jesus pode ressuscitar os mortos; Ele é a própria ressurreição personificada!

Este encontro transformou Marta. Ela começou expressando decepção: “Se estivesses aqui…” Mas terminou com uma poderosa confissão de fé: “Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo.” O diálogo com Jesus elevou sua fé de uma esperança futura para uma realidade presente.

É fascinante notar que Jesus não repreendeu Marta por sua dor ou questionamento. Ele a encontrou exatamente onde ela estava e a conduziu gentilmente a uma compreensão mais profunda. Ele fez a pergunta crucial que ainda ressoa para cada um de nós: “Crês tu isto?”

Não importa o tamanho da sua dor, Jesus não apenas oferece consolo – Ele oferece a Si mesmo como a resposta definitiva.

III – A Doutrina Bíblica da Ressurreição do Corpo

Quando Jesus ressuscitou Lázaro, Ele nos deu um vislumbre do que está por vir. Lázaro voltou à vida, mas eventualmente morreria novamente. Seu milagre foi um sinal apontando para algo muito maior – a ressurreição final que aguarda todos os que creem.

Paulo explica em 1 Coríntios 15:42-44: “Semeia-se o corpo em corrupção, ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com poder.” Nossos corpos atuais são como sementes – o que ressuscitará será infinitamente mais glorioso!

A ressurreição de Jesus é a garantia da nossa própria ressurreição. Ele é as “primícias dos que dormem” (1 Co 15:20). Assim como as primeiras frutas da colheita garantem que mais virão, a ressurreição de Cristo assegura a nossa.

Esta doutrina transforma completamente nossa perspectiva sobre a morte. Para o cristão, a morte não é o fim – é uma transição. Não é um ponto final – é uma vírgula na narrativa da eternidade. Como Paulo afirma: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” (1 Co 15:55).

Quando Jesus disse a Marta “quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”, Ele estava oferecendo uma esperança que transcende o túmulo. A morte física é real, mas para o crente, não é definitiva. Há uma promessa de um corpo ressurreto, glorificado, livre de dor, doença e morte.

Esta não é uma esperança vaga ou um desejo piedoso – é uma certeza ancorada na pessoa e na obra de Jesus Cristo. Quando Ele chamou “Lázaro, vem para fora!”, Ele demonstrou Seu poder sobre a morte. Um dia, essa mesma voz chamará todos os que nEle creram.

A morte não tem a última palavra na sua história – Jesus tem. E Ele já declarou vitória sobre o túmulo.

CONCLUSÃO

Quando Jesus chegou a Betânia, encontrou uma família devastada pela perda. Quando saiu, deixou uma família transformada pelo poder da ressurreição. Este é o mesmo Jesus que caminha conosco hoje.

Talvez você esteja enfrentando situações que parecem mortas em sua vida – sonhos que se foram, relacionamentos quebrados, esperanças desvanecidas. Talvez você, como Marta, esteja pensando: “Senhor, se tivesses estado aqui…”

Mas a mensagem de Jesus permanece: “Eu sou a ressurreição e a vida.” Não apenas Ele pode trazer vida às situações mortas, mas Ele é a própria vida. Não apenas Ele promete ressurreição futura, mas Ele é a ressurreição personificada.

O milagre de Lázaro nos ensina que os tempos de Deus são perfeitos, mesmo quando não os compreendemos. Nos ensina que a fé é fortalecida no diálogo honesto com Jesus. E nos assegura que a morte – seja física ou metafórica – nunca tem a última palavra para aqueles que creem.

A pergunta que Jesus fez a Marta ecoa através dos séculos até nós: “Crês tu isto?” Isto não é um pensamento filosófico, é um convite pessoal para confiar nAquele que venceu a morte.

Quando enfrentamos perdas, quando lidamos com finais que parecem definitivos, quando a morte parece ter vencido, lembremo-nos: Aquele que chamou Lázaro para fora do túmulo é o mesmo que um dia chamará cada um de nós. E nesse dia, compreenderemos plenamente o que significa que Jesus é “a ressurreição e a vida”.

A morte pode ser nossa realidade temporária, mas Jesus é nossa esperança eterna. Esta é a promessa que transforma não apenas nosso futuro, mas também nosso presente.

Amém!

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Ozeias Silva

Amo Deus acima de tudo e estou apaixonado por compartilhar Sua Palavra e pregar a Verdade. Como professor na EBD, presbítero e líder dos jovens na Assembleia de Deus Min Belém, em Araraquara, estou comprometido em ajudar os outros a crescerem em sua fé.